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sexta-feira, 23 de maio de 2025
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Política

Lula tenta ganhar classe média com isenção do IR e MCMV 3d4f15

Atualizada em 23/03/2025 07:25 3w3y1h

Foto: Ricardo Stuckert / PR

Presidente tenta reverter a baixa popularidade com a apresentação de mudanças que atingem, em especial, a classe média 713s

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) trabalha em medidas a fim de aumentar sua popularidade junto ao eleitorado que compõe a classe média, com renda domiciliar per capita entre R$ 1.926 e R$ 8.303 por mês. A última proposta do governo foi o envio de projeto de lei ao Congresso Nacional que amplia isenção do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física (IRPF) para o trabalhador que recebe até R$ 5 mil mensais.

De olho em 2026 4z463n

  • O presidente Lula busca melhorar a popularidade do governo junto à classe média de olho na eleição de 2026.
  • Pesquisa Genial/Quaest de janeiro mostra 48% de aprovação e 54% de desaprovação da gestão entre quem ganha dois a cinco salários mínimos.
  • Ampliação da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil.
  • Expansão do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) para famílias com renda entre R$ 8 mil e R$ 12 mil.

A pesquisa Genial/Quaest de janeiro mostra que a aprovação do governo Lula permanece em 48% entre o eleitorado que ganha entre dois e cinco salários mínimos, hoje cotado a R$ 1.518. Já a desaprovação da gestão petista atingiu os 54% desse mesmo público.

Confira:

 

A isenção do Imposto de Renda é uma promessa de campanha do governo Lula e foi entregue ao Congresso Nacional em um momento em que a gestão tenta melhorar o cenário de avaliação de olho na reeleição de 2026.

A proposta do Palácio do Planalto tem como objetivo isentar os trabalhadores que recebem até R$ 5 mil por mês. Para compensar a perda arrecadatória, o governo prevê taxar aqueles que possuem altas rendas e os dividendos no exterior. Dessa forma, quem ganha acima de R$ 50 mil por mês terá que pagar imposto mínimo de até 10%.

Veja como será a redução proposta pelo governo em relação ao modelo atual:

  • Quem recebe até R$ 5 mil terá isenção total, economia anual de R$ 4.356,89.
  • Quem recebe R$ 5,5 mil terá desconto de 75%, economia anual de R$ 3.367,68.
  • Quem recebe R$ 6 mil terá desconto de 50%, economia anual de R$ 2.350,79.
  • Quem recebe R$ 6,5 mil terá desconto de 25%, economia anual de R$ 1.333,90.
  • Quem recebe acima de R$ 7 mil continuará pagando as alíquotas progressivas de 7,5%, 15%, 22,5% e 27,5%.

Minha Casa, Minha Vida 3a1e3m

O Orçamento de 2025, aprovado na semana ada pelo Congresso, conta com aumento do valor destinado para o Minha Casa, Minha Vida (MCMV) de R$ 18 bilhões. Esse montante é destinado para ampliação da faixa beneficiada pelo programa, para atender famílias com renda mensal entre R$ 8 mil e R$ 12 mil.

Atualmente, a última faixa do programa beneficia famílias com renda bruta de R$ 4.400,01 até R$ 8 mil, com taxa nominal de 8,16% ao ano. Vale pontuar que o valor máximo para o imóvel deve ser de R$ 350 mil.

Confira as faixas do Minha Casa, Minha Vida:

  • Renda de até R$ 2 mil – juros nominal de até 4,5% a.a.
  • Renda de até R$ 2.640 – juros nominal de até 4,75% a.a.
  • Renda de até R$ 3.200 – juros nominal de até 5,25% a.a.
  • Renda de até R$ 3.800 – juros nominal de até 6% a.a.
  • Renda de até R$ 4.400 – juros nominal de até 7% a.a.
  • Renda de até R$ 8 mil – juros nominal de até 8,16% a.a.

Tiago Valenciano, cientista político e doutor em sociologia pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), explicou ao Metrópoles que ambas as medidas adotadas pelo governo têm como foco a reeleição de Lula. Ele pontuou ainda que a gestão petista precisa focar mais a comunicação, para que a população entenda as propostas e isso possa se reverter em votos para o titular do Planalto.

“Ambas as propostas surgem no sentido de melhorar a imagem do governo perante o eleitor da classe média e de centro: é ele quem vai decidir as eleições no fim das contas”, afirma Valenciano.

“Melhorar a comunicação como um todo, porque, mesmo com a troca do Secretaria de Comunicação, a melhoria ainda não é perceptível”, complementa o cientista político.

*Com informações do Metrópoles

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