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Ricardo Araújo, superintendente do DNIT, afirma que a BR-364 ficou em segundo plano durante o Governo de Jair Bolsonaro 3sw5c

Atualizada em 07/06/2025 10:14 s83w

Foto: Reprodução do Instagram – *Com colaboração do Ac24horas

No segundo dia da segunda edição da Caravana pela BR-364, realizada em Cruzeiro do Sul, Ricardo Araújo, superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) no Acre, apresentou um resumo dos obstáculos históricos da rodovia e enfatizou a importância da colaboração entre as bancadas federal e estadual para assegurar os investimentos necessários.

“A BR-364 sempre foi encarada como outra rodovia do Brasil, que era apenas pelo econômico. E se aram quatro anos atrás [Governo Bolsonaro], foi feita uma política onde se escolheu optar pelos estados onde tinha uma economia mais forte girando. E o Acre, como não produzia muita coisa, ficou relegado a um segundo plano. Nós amos quatro anos sem verbas para a BR-364”, afirmou.

Ricardo Araújo, superintendente do (DNIT), também esclareceu que o projeto original da estrada foi realizado com um pavimento de custo reduzido e de menor largura. “Essa BR foi feita há um tempo atrás com um tipo de pavimento que era considerado tipo 3, ou seja, de baixo custo, com uma plataforma de apenas nove metros de largura. Enquanto que, para Porto Velho, nós temos doze metros de largura da plataforma, um pavimento mais forte, com pedra. Infelizmente, aqui nós tivemos um pavimento que é à base de solo-cimento, como diz o nosso deputado Edvaldo Magalhães: solo fiscal, solo brita. E isso não funcionou”, destacou.

Conforme Araújo, o DNIT escolheu o uso de macadame drenante como a solução mais eficaz para assegurar a durabilidade da estrada. “Em 2015 foi feito um teste de uma emergência, que foi o macadame hidráulico. Isso não se descobriu da noite para o dia. Pegamos o nosso corpo técnico, que é de primeira, nossos engenheiros são muito competentes, e verificamos que a melhor solução para essa estrada era o macadame”, observou.

O superintendente Ricardo Araújo enfatizou que a batalha por um plano de reconstrução se arrastou por mais de dez anos.  “O projeto de reconstrução estava parado há mais de dez anos. E aí pegamos e começamos a estudar. Fomos ao presidente da República Lula que perguntou: o que é melhor para o Acre? E dissemos: o macadame é um pavimento de qualidade”, salientou.

Ricardo Araújo argumentou que a BR-364 deve ser considerada um projeto de cunho social. “Vieram outros e disseram: mas isso é para grandes rodovias com grande tráfego. E o presidente disse: mas lá tem um valor extremo, que é a população que mora no Acre. Temos que ter respeito por essa população. Conseguimos mostrar que essa é uma estrada social, ela não é econômica”, reforçou.

Ricardo Araújo recordou episódios de crise, como a possibilidade de encerramento da ponte do Igarapé Carretão. “Estive aqui quando a ponte do Caeté ia fechar. Disse: nós não vamos deixar a BR-364 fechada. Coloquei o meu F, a minha engenharia, o meu diploma de engenheiro. Fizemos um levantamento e seguramos a ponte, deixando ar um carro de cada vez. Hoje estamos com um pontilhão colocado lá e vamos recuperar a ponte do Caeté”, destacou.

O superintendente em resposta às críticas sobre a qualidade das obras emergenciais. “Não está mal fiscalizada. Eu, o corpo técnico do DNIT nacional, já disse: essa é uma rodovia que deveria esperar a reconstrução e cruzar os braços. Mas como disse, muitos deputados federais foram lá dizer que estávamos enxugando gelo. Mas gelo pra quê? Pra que a gente tenha tráfego nessa estrada, pra que tenha qualidade de vida para quem está usando”, disparou.

Sobre os custos da reconstrução, o superintendente não escondeu o tamanho do desafio. “Essa estrada custa caro. O ministro dos Transportes disse: só de Feijó a Sena Madureira, R$ 1 bilhão e meio. De Tarauacá até Liberdade, pelo menos R$ 2 bilhões e 800. Estamos falando de aproximadamente R$ 3 bilhões e meio”, explicou.

Ele apontou o exemplo da mobilização política de Rondônia como referência. “A união de lá, as bancadas federais e Senado conseguiram se mobilizar e trouxeram recursos. Hoje, em Porto Velho, se diz: quando você entra em Porto Velho, entrou no céu. Quando vem pra cá, estamos no buraco”, destacou.

Araújo também comemorou avanços em outras frentes. “Temos o Anel Viário de Brasileia. A ponte está pronta, teve um problema judicial, mas já temos um vencedor e vamos começar a trabalhar neste ano”, contou.

Ao final, Araújo pediu compreensão sobre as limitações dos reparos temporários. “Quando a gente joga um tapa-buraco, não é de má qualidade. É porque o asfalto quebra com a mão mesmo. O que temos que fazer é torcer pela qualidade do pavimento”, finalizou.

 

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